domingo, 5 de julho de 2009

O CAPITAL DA AUTOMAÇÂO
Estamos vivendo um período realmente crítico. A crise que se desencadeou a poucos meses atrás, apesar de fazer parte da crise sistêmica do capital, tem suas conotações próprias. O capital, na personalidade dos grandes bancos, casas de seguros e imensas corporações, como é o caso da GMC, não tiveram outra alternativa para continuarem existindo a não ser tentar enganar a lei do valor vigente no capitalismo e isso nos levou à crise vigente.
Desde que a indústria passou a construir suas máquinas automáticas, aquilo que parecia ao capital sua independência do trabalho, vem comprovando que o capital não pode existir sem a sua contra-parte, o trabalho vivo.
Quanto mais expulsa trabalho vivo de suas entidades produtivas, mais seus lucros reais caem, mais seus bens de produção desvalorizam-se; em outras palavras, mais aprofundam a crise geral do capital. E pior, é como se fosse uma maldição vinda do além: apesar de já terem descoberto empiricamente que não podem automatizar e expulsar mais trabalho vivo da produção, não podem parar o processo iniciado, como se esse tivesse ganho vida própria. O fato é que devido à anarquia da produção capitalista, é impossível realizar uma ação global concertada: cada um faz o que quer com o seu capital.
Assim estaremos seguindo o desenvolvimento da dialética do capital da automação aqui neste blog e em outras lugares. Acompanhando desse modo a dolorosa enfermidade contraída pelo capital em sua agonia violenta e destrutiva.
Sergio Bacchi