quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Dinâmica Própria da Transição Comunista

Introdução
Devemos desenvolver critérios, métodos e ações que possam garantir essa transição.
Em verdade o único programa até agora existente de transição é o elaborado por Lenin, praticamente a fins do século XIX, ou seja, a mais de um século atrás, e que se mostrou não compreendido pela imensa maioria dos revolucionários, sem contar as inúmeras deformações que lhe foram introduzidas durante o processo histórico.
Além do acima dito, é imperativo levar em consideração que aquele programa foi aplicado no último império feudal que restava na Europa, e o capitalismo estava em franco desenvolvimento. Somente com estas considerações é suficiente para entendermos a necessidade de sua revisão.
A situação atual é bastante diferente que aquela de 1917. Embora existam países vivendo um capitalismo bastante atrasados no mundo, o capital como um todo está totalmente esgotado em sua capacidade de desenvolvimento. O imperialismo vem exercendo mirabolantes manobras para seguir existindo, tal como tentar enganar a lei do valor vigente no capitalismo, inventar agressões ao estado hegemônico militar, econômica e politicamente no mundo somente para agredir e destruir um país, como o Iraque para se apoderar de seu petróleo e outras mirabolices.
Portanto, como é fácil de imaginar-se, é necessária uma profunda revisão crítica no programa leninista para que o resultado tenha vigência atual.
Uma das questões é por onde começar essa revisão crítica, pois não se trata de jogar no lixo tudo o que foi dito e feito, mas apreciar criticamente como refazer as coisas para garantir de fato uma transição estável e com a menor dor possível para o futuro da humanidade. Quais os pontos onde houve alguma equivocação a ser re-estudados, quais os que devem ser mudados devido à superação histórica e quais os que devem se mantidos.
E a questão de por onde começar e qual a seqüência a ser seguida não é indiferente. Não é a mesma coisa desenvolver um partido que responda às mudanças da atualidade e depois rever as teorias de transição do estado ou desenvolver uma visão clara de como o estado deve ser encarado para terminar desaparecendo e então desenvolver um partido que responda a essa necessidade e às da atualidade.
Portanto, devemos iniciar estabelecendo as prioridades da transformação que a emancipação humana exige.